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Lives continuam sendo a alternativa cultural em tempos de pandemia
por Carolina Brasil
Publicado em 14 de abril de 2021 às 16:17 / Atualizado em 14 de abril de 2021 às 16:38
Não há como negar que 2020 foi marcado pelas lives. E, apesar das transmissões ao vivo de áudio e vídeo na Internet, feita por meio de aplicativos ou redes sociais, chegarem aos universos corporativo e empreendedor, foram a musicais que se destacaram e se tornaram a alternativa cultural e de lazer em tempos de pandemia.
Com as restrições de circulação e funcionamento dos espaços, distanciamento social e medidas de segurança em saúde impostas pelo novo Coronavírus (Covid-19), artistas não puderam se apresentar publicamente. Foi nesse contexto que cantores e bandas – locais e nacionais – encontraram nas lives a oportunidade de se aproximarem do público e dos fãs; paralelo a isso foi também a forma de manterem os rendimentos dos músicos e dos demais profissionais envolvidos, e ainda de promover a arrecadação de alimentos e recursos para instituições sociais.
O publicitário e baterista Matheus Marchezi conta que atuou na parte técnica de algumas transmissões e sabe a importância de movimentar o setor. “Para quem trabalha apenas com música, as lives foram um alívio e os cachês fizeram diferença no orçamento de muitos profissionais. Fazer a economia girar, manter empregos, dar visibilidade para marcas, empresas e artistas é uma ótima combinação, que fica ainda melhor quando inclui a solidariedade”, declarou.
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Com o tempo e a expectativa de retomada à normalidade, o número de transmissões foram caindo; porém, com a permanência da situação de pandemia, é possível perceber um “aquecimento” na ocorrência de shows musicais via lives. Vale destacar que foi uma delas, no Carnaval deste ano, que juntou, pela primeira vez em show único, as musas Claudia Leite e Ivete Sangalo. Segundo especialistas, ainda não é um movimento como o do ano passado, mas é algo que tem voltado a configurar nas pesquisas dos internautas.
Para a jornalista Aline Couto, diante da necessidade de isolamento em razão da pandemia, desde o início, as lives foram uma tentativa de “normalidade” quando o assunto era a diversão do final de semana. “Com as casas de shows e os bares fechados, as telas nos ofereciam apresentações de todos os estilos musicais, até para as crianças. Podíamos curtir e nos proteger; meu marido e eu éramos assíduos. Não sinto a mesma força de antes, mas voltamos a acompanhar algumas”, destacou a repórter acreditando que, dependendo de como a situação prosseguir, poderá haver um novo “boom” dos shows on-line.
Há oito anos dedicando-se a música, Gilvan Saith, cantor sertanejo de Guarapari, vê nas lives a oportunidade fazer a parte dele como artista e cidadão. “A grande recompensa de todo artista é a interação com o público; de alguma forma, as lives proporcionam isso. Além de ser uma forma de motivar e apoiar quem trabalha comigo. Fiz ano passado, já fiz este ano e, no próximo dia 30 (de abril), farei mais uma. Desta vez, vou aproveitar todo reconhecimento do público para promover uma campanha de alimentos. Conto com todos os parceiros e amigos; os detalhes serão divulgados pelo @gilvansaith”.
Quem já aproveitou, sabe. Em geral, os artistas fazem as divulgações das lives nos canais oficiais próprios, como site e redes sociais. Cadernos culturais e sites especializados costumam trazer agendas das apresentações; reunimos algumas já divulgadas:
17/04 – Péricles, Chrigor e Leandro Lehart
19/04 – Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca Villa-Lobos (homenagem ao Rei Roberto Carlos)
19/04 – 6ª Semana da Canção Brasileira: Céu, Liniker e outros
21 a 25/04 – Festival Mucho! Lenine, Alceu Valença, Jorge Drexler e outros
24/04 – Xand Avião, Leonardo e Raí Saia Rodada
08/05 – Luan Santana e Fernando & Sorocaba
19/06 – Wesley Safadão
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