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Equipes do Iema fazem abordagens educativas nas Três Praias
por Redação Revista Sou
Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 13:33 / Atualizado em 8 de fevereiro de 2023 às 13:33
O Arquipélago das Três Ilhas, que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba, em Guarapari, encanta quem o visita. Como o local é uma área de proteção e tem maior fluxo de visitação no Verão, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) está realizando ações de abordagem educativa com os turistas para alertar sobre as regras de uso do arquipélago, que ajudam a garantir que a biodiversidade presente no local continue existindo.
Em janeiro, os visitantes foram abordados por servidores do Iema, que explicaram as regras do local. Todos são bem-vindos para desembarcar e conhecer as ilhas, tomar banho de mar, relaxar e curtir a tranquilidade da natureza, ou ainda praticar snorkeling ou mergulho contemplativo. Entretanto, devem respeitar as regras básicas: não pescar, não acampar, não usar fogo, seja em fogueiras ou churrasqueiras, e não deixar lixo no local.
Proibição de pesca
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A área de proibição de pesca abrange o polígono que engloba as ilhas de Gurarema, Leste-Oeste, Guanchumbas, Cambaião e Quitongo, iniciando a uma distância de 100 metros de cada uma dessas ilhas. Nessa faixa, todos os tipos de pesca são proibidos, desde a pesca subaquática, pesca com linha de mão, vara ou molinete, realizadas a partir do costão rochoso ou de embarcações, incluindo a modalidade de pesque e solte.
A intenção de restringir a pesca nessa área é garantir um espaço que sirva de criadouro natural, onde os indivíduos possam crescer, se reproduzir e repovoar tanto o Arquipélago das Três Ilhas quanto as ilhas e os demais habitats do entorno. “Isso garante a conservação das espécies e a sustentabilidade da pesca artesanal local e das atividades de turismo ecológico sustentável, cujo principal ativo é a diversidade biológica e a beleza cênica do local”, afirmou a servidora do Iema, Sandra Ribeiro.
Saiba quais são as atividades proibidas no Arquipélago das Três Ilhas:
– Tocar e coletar organismos marinhos;
– Pesca;
– Jogar lixo;
– Cortar a vegetação;
– Som (música) tanto nas embarcações quanto nas ilhas do arquipélago;
– Acampamento: corte de vegetação para abertura de clareiras para colocar as barracas de camping. Além da destruição da vegetação nativa, as clareiras favorecem a proliferação das gramíneas exóticas invasoras e a erosão do solo, que fica exposto e é carreado para o mar, especialmente quando o terreno apresenta declividade. Nas Três Ilhas, a faixa de solo é muito fina, por isso sua perda é crítica e representa um impacto significativo para o ecossistema local;
– Falta de banheiros: as pessoas devem ter consciência da falta de banheiros nas Três Ilhas, ficando proibidas as necessidades fisiológicas na unidade de conservação, pois causa mau cheiro e poluição do local;
– Uso do fogo e churrasco: aumenta o risco de incêndio. No ano de 2014, perdeu-se o controle do fogo de uma churrasqueira. Devido às rajadas de vento, toda vegetação da Ilha do Cambaião foi queimada. Com a queima da vegetação nativa, houve grande proliferação das espécies exóticas invasoras (gramineias e piteiras);
– Restos de comida: descarte de resto de carnes e demais alimentos atrai grande quantidade de urubus, que podem estar competindo por espaço (para ninhos) com as espécies nativas;
– Pesca: a captura de grande quantidade de peixes recifais, na maioria das vezes juvenis, já que a área é um berçário, provoca redução da população e contribui para o declínio populacional de muitas espécies.
*Com informações do Governo do Estado.
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