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Especial Dia das Mães: para cada mãe, uma história
por Carolina Brasil
Publicado em 14 de maio de 2023 às 09:45 / Atualizado em 14 de maio de 2023 às 09:45
Mãe é sinônimo de amor, dedicação e lindos laços que duram vidas inteiras. Mas a maternidade também é feita de desafios que mostram que as mães não são (nem devem ser) as “heroínas” em tempo integral. Antes de os filhos chegarem, elas são mulheres com desejos, medos, necessidades, planos, fragilidades, força e realizações – e devem continuar sendo.
E, independentemente se decidem viver plenamente a maternidade ou se buscam se dividir e trilhar uma carreira profissional ou do empreendedorismo, também preciso compreender o quão importante é uma rede de apoio para o exercício mais digno e humano dessa “roda gigante” chamada “ser mãe”. Mas o fato é que para cada filho que nasce, nasce também uma mãe e uma história; e a realidade da maioria delas é que a força do dia a dia se sobrepõe às dificuldades para manter o suporte aos filhos e fundamental para fazer cumprir essa tarefa essencial na vida de todos!
Os melhores momentos são com eles
Ângela Paula Lacerda – empresária, John and Mary Baby Kids e Teen/John and Mary Multimarcas
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“A maternidade para mim é o maior sonho que já realizei. É um sentimento inexplicável. Tenho três filhos, João, de treze anos, e os gêmeos Joaquim e Alice, de 11 anos, e posso dizer que ser mãe e empreender é desafiador, mas a união de ambos os papéis me faz ter habilidades que contribuem tanto para minha empresa quanto para minha família. Passei a ter mais cuidado aos detalhes, mais paciência, foco e disciplina. O ponto positivo de ter o meu próprio negócio é que consigo flexibilizar mais os meus horários, e assim priorizar os momentos com meus filhos. Por mais simples que seja, tomar café da manhã, almoçar, arrumá-los para escola… tudo isso é especial, pois esses momentos para mim são muito importantes e ficaram eternizados! Também tenho um marido incrível, meu companheiro e melhor amigo, o pai que sempre sonhei para meus filhos, que me ajuda a cria-los e educá-los da melhor forma, assim como meus pais, que são uma grande referência e inspiração para mim, e também me ajudam a ensinar os mesmos valores, e dar o mesmo amor e carinho que eles sempre deram a mim e ao meu irmão. Cuidar de três pré-adolescentes, com personalidades tão distintas, não é tarefa para qualquer um, mas eu sempre digo ‘nós nos reeducamos para educá-los e com certeza recebemos mais do que doamos’. Empreender também não é fácil para ninguém, mas por mais difícil que seja, nós mães e mulheres não podemos nunca desistir de trabalhar e conquistar o nosso espaço. Acho que todas nós somos fortes e capazes o suficiente para sempre entregar nossa melhor versão.”
O amor está no coração
Lorena Arrabal – médica
“A maternidade para mim foi renascer, no exato momento em que olhei nos olhos da Vitorinha, quando a vi pela primeira vez, eu tive a certeza de que tudo havia se transformado dentro de mim. Nasceu uma nova Lorena, uma mãe! Ser melhor a cada dia por causa dela e para ela. Confesso que não é fácil conciliar a minha profissão com a rotina convencional da maternidade, mas minha rede de apoio é perfeita!
Nada seria possível sem o apoio do meu amor, Virgínio, um pai incrível e presente na vida dela, da minha grande amiga e companheira diária, a tia Lu, ela que cuida da nossa menina como um amor incondicional, e a quem agradeço muito. A escola é também parte disso; é sensacional ver minha menina evoluindo e aprendendo a cada dia.
Meu maior desafio, sem dúvida, é não poder estar ao lado dela todas as noites por conta do meu trabalho como médica. E minha maior alegria é ver o quanto ela faz todos que estão ao seu redor feliz! Como ela e os meus pais se olham, aquele amor imensurável é algo indescritível. Ser mãe da Vitória (6 -confere idade) sem dúvida é a minha maior missão! E sempre darei o impossível para ser maravilhosa para ela. E como se não fosse suficiente, Deus me fez mãe de coração; agradeço a Ele todos os dias por isso.
Manu, Manuzinha, Manuela (X -idade)… é um dos melhores presentes da minha vida e estarei sempre pronta quando ela precisar. Ser uma ‘mãedrasta’ me ensinou muito. E quero deixar para minhas filhas as coisas mais valiosas dessa vida, os ensinamentos sobre
respeito, amor ao próximo, como ser uma fortaleza e nunca deixar de ter esperança por um mundo melhor para todos!”
Dedicação que vale cada esforço
Flávia Andrade de Oliveira Carvalho – empresária
“Fui mãe aos 33 anos e já estava estabelecida em minha profissão. Porém, ainda assim, preferi trabalhar por dois anos em home office para poder amamentar e cuidar do Pietro (X -idade) com mais atenção.
Quando decidi que era a hora de dar uma alavancada profissional, meu marido e eu decidimos abrir o meu próprio negócio para que eu pudesse continuar com a amamentação, ficar mais perto do nosso filho e dos meus três enteados, que nesses 12 anos de união, tive o prazer de ajudar a criar. Grande ilusão. Trabalhei muito mais, sem folgas e sem férias por muito tempo, e assim levo a vida nessa correria de conciliar trabalho e maternidade.
Nessa agitação, tive a sorte de ter minha mãe por perto para me ajudar nas horas de maior pico do meu comércio, pois é nas férias que Guarapari está cheia de turistas e meu trabalho requer mais atenção. E foi na casa da minha Mãe que consegui apoio para continuar na missão maternidade/trabalho.
Hoje posso me considerar uma mãe de sucesso e uma profissional realizada. Meu maior desafio foi conciliar os verões e feriados com a educação e a atenção ao meu filho, mas a minha maior alegria é poder olhar para toda essa minha história de vida como mãe e empresária e saber que podemos dar o melhor para nosso filho e que valeu a pena toda essa dedicação.”
Há alegria nos desafios
Emanuele Teixeira Vassoler – designer
“Ser mãe é algo muito especial e, quando somos escolhidos para cuidar do que é diferente, somos desafiados a fazer aquilo que nem sabíamos que era possível. Para mim, particularmente, os maiores desafios da maternidade sempre serão voltados ao fato de que os meus filhos são pessoas muito diferentes, e conviver com as diferenças é algo extraordinário e que também é muito difícil.
Gustavo (13) tem autismo nível 1 de suporte com dupla excepcionalidade e superdotação, e as condições dele impõem vários desafios em nosso dia a dia, e vamos adaptando o que podemos para não prejudicar a rotina da irmã, Isadora (7) que segue com os próprios desafios cotidianos.
Como outras mães contemporâneas, concilio trabalho e vida pessoal, incluindo a maternidade típica e atípica e os estudos. Me dedico a um empreendedorismo próprio com a Manu Convites, e mesmo sendo, geralmente, muito corrido, as crianças são minha prioridade sempre. E, mesmo com uma boa rede de apoio, formada por meus pais, ainda assim não é fácil, pois Gustavo e Isadora têm rotinas diferentes e muitas vezes conflitantes; ele tem as aulas e os horários de estudo muito bem-organizados, e ela tem as questões dela, da escola, de atividades extras e horários de estudo, e no meio disso tudo, tenho os afazeres como membro e presidente do coletivo de pais Família TEA.
Mas não há nada mais gratificante hoje do que ver meus filhos bem, com saúde, se desenvolvendo plenamente, e lutando pela inclusão de PCD’s na sociedade, crianças principalmente. Vê-los assim tão cheios de vida e com opiniões tão fortes sobre assuntos tão importantes sendo tão pequenos me enche de alegria!”
Família TEA
*por Aline Couto
O Família TEA é um coletivo de pais que, atualmente, é formado por 386 famílias cadastradas com núcleos nos municípios de Guarapari, Anchieta, Piúma e Vitória. Entre os objetivos do grupo está o acolhimento familiar pós-diagnósticos; a divulgação de informações corretas e esclarecedoras sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA); e a promoção da inclusão plena dos filhos na sociedade. Com pouco mais de um ano de fundação, a Família TEA tem conquistado espaço e realizado e ações para alcançar as principais metas.
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
O TEA é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, que podem englobar alterações qualitativas e quantitativas da comunicação, seja na linguagem verbal ou não verbal, na interação social e do comportamento, como: ações repetitivas, hiperfoco para objetos específicos e restrição de interesses. Dentro do espectro são identificados graus que podem ser leves e com total independência, apresentando discretas dificuldades de adaptação, até níveis de total dependência para atividades cotidianas ao longo de toda a vida.
Conheça o trabalho do Família Tea: @familiatea2022
Uma missão e muitas emoções
Grazielle Mariano Costa – empresária
“Quando descobri que seria mãe, foi um misto de emoções. A gente a acha que a vida está toda arrumadinha, que já alcançamos as maiores aspirações e vitorias, e Deus te manda um tempero extra. Já havia me reinventado deixando a minha formação superior em Enfermagem para me entregar à Confeitaria. E agora, como lidar com tudo o que a nova realidade me exige, vou dar conta? Tive que aprender a ser empresária, esposa, filha, irmã e adicionar a vocação mãe em minha vida. O mais incrível de tudo isso é que descobri uma rede de apoio maravilhosa dentro da minha casa, era minha família! Ser mãe é uma alegria que não tenho como explicar, quando esse pacotinho de amor apareceu em minha vida foi a coisa mais incrível e importante de todos os tempos, mas não é fácil conciliar as tarefas e ainda aceitar que preciso me abster de alguns prazeres que desfrutava antes da maternidade. Hoje o cabelo e as unhas demoram mais tempo para serem arrumados, pois tem fralda para trocar, mamadeira para dar, bebê doente, noites acordadas e por aí vai. E claro, ter que assimilar a responsabilidade de educar um ser para o mundo; já parou para pensar como isso é sério? Pois é. Mas quando eu olho para minha Júlia (01) e vejo que ela será a minha companhia para o resto da vida, que saiu de dentro de mim esse ser e que eu daria minha vida por ela, tudo vale a pena!”
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