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Endometriose: dores fortes não podem ser normalizadas
por Carolina Brasil
Publicado em 21 de março de 2024 às 10:06 / Atualizado em 21 de março de 2024 às 10:06
Mesmo existindo um percentual de mulheres assintomáticas, a Endometriose tem a dor abdominal intensa (cólica) como principal sintoma. Considerando que o tempo de diagnóstico pode ser longo, é fundamental não negligenciar essa condição e procurar ajuda médica.
De acordo com a médica ginecologista Dra. Míriam Zan a Endometriose é uma patologia totalmente benigna, ou seja, não está diretamente relacionada ao câncer, mas é uma doença progressiva que pode causar dores, prejuízos ao bem-estar e à qualidade de vida das mulheres. “Dados apontam que de 2 a 22% das mulheres acometidas pela Endometriose são assintomáticas, dificultando o diagnóstico, mas o que muito preocupa a classe médica é que, além de progressiva, a Endometriose pode provocar uma dor intensa, que chega a incapacitar essa mulher para as atividades cotidianas, incluindo a relação sexual e até infertilidade, mas não em todos os casos. Quando isso acontece, é importante buscar ajuda profissional; cólicas fortes não podem ser consideradas normais, é preciso investigar”.
O aumento da cólica a cada ciclo, o fluxo menstrual muito intenso, a ocorrência de corrimento amarronzado após a menstruação, dores para urinar ou evacuar, e alteração do ritmo intestinal também são pontos a serem observados e relacionados a Endometriose, segundo a especialista. “O diagnóstico envolve avaliação de sintomatologia clínica, exame físico no consultório, ultrassom transvaginal e ressonância nuclear magnética da pelve, que complementa o ultrassom. Mas o exame ‘padrão ouro’ é feito por laparoscopia, que além de classificar a endometriose contribui para um tratamento mais adequado”, detalha a especialista pós-graduada em auditoria em saúde, climatério e reposição hormonal.
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Com 26 anos de atuação, Dra. Míriam explica que a Endometriose é quando o tecido endométrio (camada que recobre a parte interna do útero) se desenvolve em outros lugares extrauterinos, que podem ser a cavidade abdominal, os ovários (mais frequente) e ainda se espalhar para outros órgãos, como os pulmões e o cérebro, por exemplo. Ainda existe a possibilidade de Adenomiose, que é quando a Endometriose acontece dentro da musculatura uterina; e acrescenta que “o diagnóstico precoce e preciso é fundamental, melhora o prognóstico, o tratamento e tudo mais. Já evoluímos muito no tratamento que antes só era possível com uso de anticoncepcionais. Atualmente, esse tratamento pode ser medicamentoso – via oral, sublingual e vaginal – ou cirúrgico. Isso varia de paciente para paciente e leva em conta a individualidade e a sintomatologia dessa mulher, se ela deseja engravidar ou não, a idade e a proximidade com a menopausa. Vale reforçar que por ser uma doença de origem inflamatória, dieta com alimentos mais naturais, o uso de antioxidantes, atividade física e sono adequado são hábitos de impacto positivo no quadro”, finaliza.
Dra. Míriam Zan
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