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Queda de pelos em pets é sazonal, mas pode ser amenizada
Animais com pelagem curta estão mais propensos a sofrerem com a queda de pelos
por Larissa Castro
Publicado em 29 de outubro de 2020 às 16:08 / Atualizado em 29 de outubro de 2020 às 16:15
O seu animal de estimação apresenta queda de pelos? Saiba que isso pode ser normal, devido as estações do ano, mas também pode ser um problema, se ocorrido em excesso. Com o auxílio de veterinário e cuidados diários em casa, há soluções e é possível prevenir este mal.
Primavera, verão, outono e inverno: cada período vai definir a quantidade de queda de pelo que o seu cão ou gato terá. Segundo a veterinária Camila Coelho e Silva, citada pela médica veterinária Denise Marchesi, a queda de pelos é um dos maiores problemas enfrentados por tutores de pets.”Em alguns períodos do ano a troca de pelagem se intensifica, o que pode causar desconforto para quem convive com eles. Isso porque ficam por toda parte: no chão, no sofá, nas roupas. Durante as mudanças sazonais, a queda intensa não deve ultrapassar 30 dias e não produzir falhas na pelagem, pois 50% dos pelos estão em fase anágena (de crescimento) e 50% em telógena (de dormência)”, explica.
Além do fator estação, o tamanho da pelagem do animal também define a queda; animais com pelos curtos estão mais propensos. “Como os cães de pelagem longa normalmente precisam de banhos semanais, quando são escovados, os pelos mortos são removidos. Por isso, a sensação é de que caem menos. Já os de pelagem curta, geralmente necessitam de cuidados menos frequentes em banhos e tosas e acabam sendo menos escovados, soltando mais pelos pela casa. As raças pug e buldogues são os campeões de reclamações”, ressalta a veterinária.
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Para enfrentar a fase, Denise orienta escovação frequente, alimentação de qualidade e consultas periódicas ao médico veterinário. “Existem muitos recursos para que essa fase seja enfrentada com o mínimo de transtornos, como a escovação frequente que, se adotada como parte da rotina, terá uma ótima eficácia. É sempre recomendado usar uma ração de qualidade com presença de Ômega-3, que mantém boa saúde de pele e pelos. O veterinário deve ser procurado sempre com intuito de uma consulta preventiva e não somente quando o pet estiver doente, assim poderemos ter animais mais saudáveis e com pelagem mais bonita, sem quedas excessivas, ocorrendo apenas a queda sazonal normal”, reforça a profissional que atua em Guarapari.
Gatos
Os felinos também sofrem do problema. “Os gatos também não escapam do problema. Ao contrário, é comum a troca de pelagem ao longo de todos os meses do ano, intensificando-se nas épocas de troca de estação. O estresse também interfere na queda de pelos dos gatos. Quando se sentem desconfortáveis, desconfiados e acuados soltam mais pelos que o normal”, alerta.
Quedas exageradas
Apesar de parecer algo comum, é preciso se atentar a quantidade da queda de pelos. “Os felinos tendem a se lamber, o que pode causar acúmulo no trato digestório, mais conhecido como “bola de pelo”. Aquela cena de desenhos animados de gatos colocando para fora bolas de pelos pode ocorrer. As raças que possuem pelos mais longos sofrem mais com o problema”.
“É preciso, no entanto, saber diferenciar a queda natural de uma patologia, que deve ser tratada. Quando muitos pelos caem, aqueles folículos que estavam em fase de descanso são ativados. Se a perda de pelos está ocorrendo há muito tempo e existe a presença de outros sinais na pele e nos pelos (opacidade, falhas, odor forte que tende a não desaparecer com banhos, caspas, etc.), pode haver outros fatores associados, como as doenças de pele. Há uma relação entre a queda excessiva e por tempo prolongado do pelo pelo com doenças de pele ou algumas doenças hormonais”.
O uso do shampoo
“Tanto o shampoo quanto as rações podem ser vilões, se não escolhidos adequadamente e com qualidade. Sempre deve se respeitar, dentro de algumas possibilidades, a indicação do veterinário. Um shampoo de tratamento que deve ser usado por um único período de tratamento de pele pode se tornar vilão, se mantido por uso contínuo”, finaliza Dr.ª Denise Marchesi.
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