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Agricultor de Alfredo Chaves é exemplo de preservação ambiental

por Redação Revista Sou

Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 08:20 / Atualizado em 4 de fevereiro de 2021 às 08:21
Ricardo Sardi, agricultor aposentado e preocupado com as futuras gerações.

Apaixonado pelo meio ambiente e por tudo o que ele oferece, o agricultor aposentado Ricardo Sardi tem 84 anos e dedicou boa parte deles à preservação da mata nativa. Há cinquenta anos, preserva e refloresta parte da propriedade que tem em Quinto Território, no interior de Alfredo Chaves, região Sul do Estado.  

“Não herdei somente a terra dos meus pais, mas também o desejo de preservar aquilo que tinha em mãos. Hoje, faço minha parte. Preservo para deixar um bem natural para meus sucessores”, garante o aposentado, que contou ainda que criou seus seis filhos “vendendo banana”.

Dos 100 hectares da área, 70%, de acordo com Sardi, são formados por floresta nativa com diversas madeiras nobres como jacarandá, jequitibá, canela, ipê-roxo e o palmito-juçara cultivado sem agrotóxico.  A outra parte, o agricultor refloresta com mudas obtidas junto ao Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Além disso, a propriedade abriga mais de 40 nascentes, cinco cachoeiras, e inúmeras espécies de aves e mamíferos.

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Segundo Sardi, 70% da propriedade é de mata nativa.

Ricardo lembrou que essa persistência em preservar a natureza já lhe rendeu prejuízo material. “Já incendiaram boa parte daqui e alguns bens para me ameaçar, mas essa perseguição nunca me intimidou ou me fez deixar de acreditar na importância da proteção do que temos de mais importante: a mata”, enfatizou.

O conhecimento adquirido com o tempo e o desejo de transmitir todo o aprendizado para gerações futuras fazem com que Ricardo seja hoje um dos maiores protetores e mantenedores de florestas nativas no estado. Em agosto de 2019, ele foi um dos ganhadores do 15ª Prêmio Dom Luís, honraria cedida pelo Governo do Espirito Santo como forma de reconhecimento pelos trabalhos prestados em prol da defesa dos direitos humanos e do meio ambiente. 

Devido à fama das quedas d’águas, a propriedade, após a pandemia, estará aberta para visitação. Interessados devem agendar pelo telefone (27) 3269-1024 / 99532-5520. A entrada é franca.  

*Texto e fotos de Clóvis Rangel para o folhaonline.es

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