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Com câncer de mama, mulher engravida e surpreende a medicina
por Larissa Castro
Publicado em 6 de outubro de 2020 às 13:34 / Atualizado em 6 de outubro de 2020 às 13:58
O que para médicos seria algo impossível, para Deus, não foi. Grávida há nove semanas, uma moradora de Guarapari enfrenta o câncer de mama desde 2019 e foi informada que não poderia engravidar, devido as frequentes quimioterapias e medicações para a cura da doença. Mãe de dois filhos, a comerciante que criou muita fé no decorrer do tratamento, vê a gestação como um milagre divino.
Diagnosticada com câncer de mama HER2 + grau III na mama direita, aos 27 anos, em uma descoberta tardia, a comerciante Kelly Cristina de Brito Santos, moradora do bairro Kubitschek, em Guarapari iniciou o tratamento em fevereiro de 2019, mesmo mês em que os médicos identificaram a doença que estava em estágio avançado e se espalhava para outros órgãos.
“Minha avó teve câncer de mama, mas eu não fazia exames. Uma vez senti um nódulo, mas ignorei. Quando eu fiz a biópsia, não criei expectativas; mas deu positivo para o câncer. Por ser tardio, precisei fazer um protocolo de quimioterapia, para depois fazer a cirurgia. E aí eu fiz oito quimioterapias, em um intervalo de 20 dias de uma para outra. Com esta rotina de fortes sessões e medicamentos, eu segui até a confirmação da gravidez e devo voltar logo após o nascimento do bebê”, explica.
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Hoje, aos 28 anos, ela surpreende a medicina. Ainda em tratamento, Kelly não menstrua nem ovula desde março de 2019, após ter um sangramento forte. Há uma semana, ela descobriu estar grávida de dois meses e o bebê, com saúde.
“A minha primeira oncologista me sugeriu retirar os ovários, pois ela teve medo de dar uma metástase no ovário, que não estava em funcionamento. Recentemente passei muito mal, mas imaginei que seriam efeitos da quimioterapia. Certo dia amanheci com os sintomas que tive nas minhas gravidezes, realizei o teste de farmácia e deu positivo, mesmo colocando a gravidez em última possibilidade. Na mesma semana fiz exames de sangue e confirmei que estava grávida. Nem minha médica explica como, pois em nenhum dos meus exames viram um feto lá, e eu não poderia ficar grávida, pois não havia menstruação nem ovulação”, recorda.
Apesar do susto inicial, e ainda ter que cumprir com os tratamentos para a cura do câncer, com a gestação, Kelly teve que interromper tudo o que envolve os cuidados com a vida dela. Com fé em Deus, a comerciante, que é casada com o Vinícius e mãe do Kevin, 8, e da Marcelly, 3, vive cada momento deste milagre. “Na semana em que descobriu a gravidez, a médica havia solicitado uma nova biópsia. O pedido não foi atendido, pois não posso realizar. Pelo tempo de gravidez, realizei quatro quimioterapias fortes. Agora vou parar com o tratamentos do câncer. Sinto medo, mas ao mesmo tempo eu penso que Deus pode ter me dado esta oportunidade como algo especial; essa criança ser minha cura”.
Donos de muita fé, Kelly e a família receberam confirmações divinas desde o início da doença dela. O fato fez com que todos passassem a crer ainda mais, que tudo vai dar certo. “Tivemos várias confirmações através de padres, sonhos, palavras na bíblia, e esses sinais foram os motivos da decisão de seguir com a gravidez. Se eu rejeitasse esta gestação, eu iria contra todas as coisas que eu acredito. Tive medo do tratamento, pois eu nunca esperava passar pelo câncer, mas sinto que Deus está testando minha fé e meu filho é o milagre. Nós cremos nisso”.
E agora, com significados importantes, o bebê que estar por vir já tem nomes a serem definidos de acordo com o sexo.”Se for menino, vai ser Miguel. Se for menina, será Rafaela; ambos com significados voltados a Deus”.
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