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Entrevista
Drone: o mundo visto de cima
Publicado em 31 de janeiro de 2021 às 15:00
Atualizado em 31 de janeiro de 2021 às 15:02
Não há como negar que as imagens aéreas, de acordo com cada proposta, podem fazer toda diferença na hora de registrar um acontecimento ou produzir um material de comunicação audiovisual. Com o drone, esse tipo de cena, antes limitada às grandes empresas e a poucos prestadores, sofreu uma espécie de democratização. Esse nicho e a paixão por fotografia fizeram surgir, em Guarapari, a Belga Produções. A frente do negócio, Ramon Belga Faria, nosso escolhido para a Entrevista da Semana. Ramon conta um pouco desse mercado e da própria trajetória.
Revista Sou: Você contou que a sua formação é em Enfermagem e que ainda atua, como chegou à Belga Produções?
Ramon Faria: Como gostava muito de fotografia, resolvi comprar um primeiro drone para fazer uma experiência como hobby e mostrar minhas fotos em perspectivas e ângulos diferentes; após iniciar, comecei a receber alguns convites para trabalhos em fotografia aérea e audiovisual. A partir disso, senti a necessidade de realizar a troca do drone amador por um profissional, que entrega imagens em 4k e fotos em 20MP; assim, em junho de 2019, nascia a Belga Produções. Neste ano, já investimos na aquisição de mais um drone que entrega as fotos em alta resolução com até 48MP.
RS: O surgimento e a evolução dos drones ‘democratizaram’ as imagens aéreas para o mercado. Qual a sua opinião sobre esse processo?
RF: Anteriormente, as empresas se utilizavam de helicópteros para captar imagens aéreas, a um custo altíssimo. Com a evolução do drone e das câmeras, hoje, esse tipo de captação está praticamente extinta; e assim como a internet, a história dos drones foi caminhando rumo à acessibilidade e trouxe muitos benefícios tanto para o mercado de drones, quanto para os consumidores. Hoje em dia, os drones possuem uma versatilidade enorme quando se trata da utilização; entre elas, o monitoramento e a vigilância, foto e filmagem, uso militar, resgate, por exemplo. Vale destacar ainda, que a utilização das imagens aéreas para as empresas gera uma percepção muito positiva diante dos clientes, consumidores e investidores. Além disso, as imagens prendem a atenção por causa da riqueza de informações e pela maneira dinâmica como elas são apresentadas.
RS: Mas é só comprar um drone e usar? Como funciona e quais os principais elementos para o bom manuseio de drones?
RF: A capitação de imagens fixas exige do piloto não só as habilidades no manuseio do drone, como também da câmera, além de criatividade em ângulos aéreos e composição fotográfica. Para as imagens dinâmicas, ainda necessita entender do básico do mercado cinematográfico, como proporção, abertura e velocidade do obturador, balanço de branco, só para citar uns exemplos. Cada processo individual desse, tanto de foto como de vídeo, passa por edição na pós-produção, que exige tempo e criatividade para construir um produto final. E tem mais, para se voar legalmente com um drone, ele precisa ter registro na ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) e ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e o piloto precisa pedir autorização de voo no DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) que pode te autorizar ou não.
@belgaproducoes