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É preciso falar sobre obesidade em adultos
Os casos de obesidades se manifestam a médio e longo prazo. O apoio da família é essencial para a busca por tratamento
por Larissa Castro
Publicado em 10 de setembro de 2020 às 10:00 / Atualizado em 10 de setembro de 2020 às 10:00
Longe de estética, a busca pela cura da obesidade trata-se de saúde e é necessária. No Brasil e em alguns países do mundo, a obesidade é a principal responsável por muitas doenças que levam à morte. E para piorar, o número de adultos com sobrepeso cresce frequentemente, ao ponto da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontar que no ano de 2025, 700 milhões de pessoas estarão obesas.
A principal característica da obesidade é o acúmulo excessivo de gordura, principalmente na região do abdômen. Essa doença, que é manifestada a médio e longo prazo, pode ser provocada por vários motivos, como explica a nutricionista Beatriz Keller, que atua na Clínica Monte Moriá, em Guarapari. “A obesidade é multifatorial. Pode ter origem genética, como pode ser ocasionada pelo ambiente em que a pessoa vive, o comportamento, que envolve o psicológico, a relação que se tem com a alimentação. Este é um dos mais graves problemas de saúde pública que temos que enfrentar”.
É considerado obeso qualquer indivíduo que apresente o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30. Para identificar a doença que se manifesta principalmente em mulheres, devido a fatores hormonais e características do corpo, a área da nutrição oferece alguns critérios. “O método mais prático, fácil e barato para saber se a pessoa é obesa, é através do cálculo de IMC. Que é a relação peso dividido por altura ao quadrado. Quando nessa relação você acha o valor entre 18.5 até 24.9, o indivíduo é considerado normal; acima de 24.9 até 29.9, a pessoa se enquadra no quadro de sobrepeso; acima de 29.9, tem os graus de obesidade”, explica Beatriz.
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Dentre os níveis da doença, o mais comum que os pacientes apresentam, é o grau 1. “O IMC de 30 a 35 classifica o grau 1; acima de 35 a 40, grau 2; e acima de 40, hoje se fala obesidade grave. Para uma pessoa apresentar essa síndrome, ela tem que manifestar pelo menos três critérios: a distribuição desta obesidade em obesidade central, que seria o acumulo de gordura na região do abdômen associado à uma circunferência abdominal superior a 78 para mulher e 102 para homem, além disso, hipertensão, diabetes e alteração de colesterol e triglicerídeos”, reforça a nutricionista.
Tratamento
Assim como as causas são multifatoriais, o tratamento também pode ser. Mas a principal iniciativa, para que o resultado da mudança seja vitalício, deve partir da soma de boa vontade do paciente, acompanhamento de nutricionista e incentivo de familiares. “Os tratamentos da obesidade são mudança no hábito alimentar, combate ao sedentarismo com atividade física regular, em casos de problema endócrino, que são pequenos, fazer o ajuste. Em último caso, a cirurgia bariátrica, mas isso tem que ser muito bem trabalhado, pois você reduz o estômago, mas não trabalha o psicológico. Então, a cirurgia bariátrica é indicada para obesos que fizeram várias tentativas, seja por medicamento, por dieta, a longo prazo. Em relação ao risco, permanecer obeso ainda é mais arriscado do que enfrentar uma cirurgia. A bariátrica é um procedimento que tem resultado, mas precisa de trabalho psicológico. Não existe milagre, o interesse principal tem que partir da pessoa que sofre. É força de vontade, determinação, escolha. Trabalhar com perda de peso é você trabalhar com a mente do paciente e mostrar que compensa fazer escolhas inteligentes e substituições”, explica a nutricionista Beatriz.
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