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Entrevista: Clube Big Beatles busca reunir gerações em show no Esquina da Cultura
Banda se apresenta no primeiro final de semana do festival
por Pedro Henrique Oliveira
Publicado em 19 de julho de 2022 às 16:29 / Atualizado em 19 de julho de 2022 às 16:31
Atração confirmada do primeiro fim de semana do Esquina da Cultura, em Guarapari, o Clube Big Beatles promete um show com “muita energia e participativo”, além de reunir diferentes gerações no festival de inverno. A banda se apresenta no próximo sábado (23), mesmo dia dos cantores Leoni e Daniel Boaventura, na Avenida Joaquim da Silva Lima, no Centro.
Em entrevista a Revista Sou, o membro do Clube, Edu Henning, contou sobre o início do trabalho da banda, que está na ativa há mais de 30 anos. Ele ainda explicou o processo de criação do álbum mais recente, “Clube Big Beatles & Seus Sócios”. Lançado no ano passado nas plataformas de música e em versão física na Inglaterra e no Japão, o trabalho conta com a participação de ícones da música brasileira, como Ivan Lins, Flávio Venturini e Andreas Kisser, nas regravações de clássicos do quarteto inglês.
A banda capixaba, que possui reconhecimento internacional e já se apresentou dezenas de vezes no Cavern Club, em Liverpool, local onde os Beatles começaram a tocar juntos, ainda não considera ter chegado no teto. Segundo Edu, o objetivo é sempre conquistar mais espaços e criar novidades.
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Confira a entrevista completa:
Revista Sou: Primeiramente, gostaria que você contasse sobre o início da banda. Como ela surgiu? Vocês já se conheciam?
Edu Henning: O Clube Big Beatles surge do programa de rádio Clube Big Beatles, que passou por diversas rádios e sempre teve uma audiência muito grande. Esse programa de rádio promovia festas com música mecânica. Num certo instante, a música mecânica começa a perder espaço para a música ao vivo, aí a banda foi criada para animar essas festas, só que a banda ganhou um corpo muito grande, uma presença muito grande e ganhou uma importância, e acabou ganhando um espaço muito mais forte e muito mais amplo do que o programa de rádio, conquistando seguidores, público, festivais internacionais, projetos interessantes para crianças e adultos, trabalhos com orquestras e trabalhos com nomes nacionais e internacionais. Ela ganhou, realmente, um caminho próprio e está aí há mais de três décadas, inventando sempre, refazendo coisas e reinventando outras coisinhas mais.
Revista: No ano passado, vocês lançaram um álbum que conta com participações de grandes nomes da música brasileira, como Ivan Lins, Andreas Kisser, entre outros. Como foi a realização desse trabalho?
EH: No meio da pandemia, em plena confusão, todo mundo parado, consegui tirar da gaveta um projeto chamado “Clube Big Beatles & Seus Sócios”, um trabalho que vinha sendo levado com certa lentidão e tranquilidade durante uns dez anos, em que, aos poucos, nós fomos gravando com grandes nomes da música popular brasileira, inclusive com registros de artistas internacionais, e que não tinha nenhuma pressa, porque as músicas dos Beatles têm longevidade, não é algo perecível.
Então, eu não precisava gravar e produzir uma coisa para ser lançada daqui a 30 dias, foi tudo feito com muita calma, mas diante da paradeira da pandemia, esse projeto saiu da gaveta e foi mixado, masterizado, lançado em todas as plataformas e, fisicamente, em CD na Inglaterra e no Japão. É um trabalho que nos dá muito orgulho, porque são grandes nomes, nomes incríveis da história da música brasileira, pessoas que se aproximaram da banda e nós nos aproximamos deles através de um fio condutor mágico que é a canção dos Beatles, que tem uma legião de fãs no mundo inteiro.
Revista: E como surgiram as parcerias?
EH: As parcerias surgiram de forma quase orgânica. Nós temos um projeto, que está parado em função da pandemia, que deve retornar no ano que vem com toda a força, chamado “Sócios de Carteirinha do Clube Big Beatles”. São 11 anos de projeto, 120 artistas já participaram, então, o contato com essas pessoas surge a partir desse projeto.
Quando eu produzi o disco, a gente foi convidando algumas pessoas que participaram desse projeto para fazerem parte do álbum “Clube Big Beatles & Seus Sócios”. Então, a parceria surge aí, da harmonia no palco, do interesse do artista em participar, de amizade, de carinho, de consideração. E muita coisa em torno da música dos Beatles.
Revista: É a primeira vez de vocês tocando em Guarapari?
EH: Não. Diversas vezes tivemos a honra de fazer apresentações em Guarapari, em lugares emblemáticos. Guarapari é, indiscutível para o capixaba, uma grande vitrine. Então, participar mais uma vez de encontro musical com tantos artistas especiais, talentosos e a gente metido no meio é uma honra. Guarapari é uma vitrine do Espírito Santo.
Revista: O que o público do Esquina da Cultura pode esperar do show?
EH: O público pode esperar muita energia, porque é uma característica muito marcante das apresentações do Clube. A gente consegue, através da música dos Beatles, contagiar as pessoas, envolver o público, trazer energia, alegria, participação. Então, acima de tudo, é um momento familiar, porque a música dos Beatles tem a capacidade de trazer o filho, o avô, o pai, o tio, o primo, é um grande encontro entre a família em torno da boa música. Inclusive, olhando a programação do projeto, é impressionante a qualidade dos artistas e a diversidade que o público vai ter pela frente nos vários shows. A gente é mais uma pedrinha nesse muro. Vai ser um sucesso, com certeza.
Revista: Quais os próximos projetos da banda?
EH: Estamos dedicados ao projeto do “Clube Big Beatles & Seus Sócios”, que ainda continua borbulhando nas redes sociais, nos trazendo muitas surpresas. Quando chegam os relatórios das plataformas musicais, a gente tem um susto, porque a audição do disco em todos os cantos do mundo está nos encantando muito. Então, continuamos a divulgação e o trabalho do nosso disco em todas as plataformas musicais e estamos retornando e trabalhando para que aconteça a volta do “Sócios de Carteirinha do Clube Big Beatles”, que acontece no Teatro da UFES, sempre uma quinta-feira por mês, trazendo um artista para cantar ou tocar Beatles com a gente.
Revista: Vocês já conquistaram um grande reconhecimento, inclusive internacional. Há algum sonho que vocês ainda desejam realizar?
EH: Essa pergunta é muito difícil, porque quando você achar que já fez tudo, que já alcançou tudo está na hora de parar e não é o nosso caso. A gente tem, realmente, um reconhecimento, prêmios fora do Brasil, prêmios de participar de festivais e eventos importantes, em Liverpool, por exemplo, são 26 anos consecutivos apresentando shows. Só dentro do Cavern Club, onde os Beatles começaram, são 65 apresentações, somos membros do Hall da Fama do Festival de Beatles em Liverpool, shows na França, nos Estados Unidos, uma apresentação na Broadway. É muito forte para uma banda que é do Espírito Santo, mas a gente não pode dizer que o teto é esse, a gente quer conquistar mais espaço e retomar nossos projetos. Sempre para o alto e avante, senão a gente fica estagnado.
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