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Junho Vermelho: doar sangue é um ato de amor

Em Guarapari, ações e campanhas visam contribuir com a difícil missão do Hemoes*

por Redação Revista Sou

Publicado em 17 de junho de 2021 às 15:12 / Atualizado em 17 de junho de 2021 às 15:14
Eduardo Moreira, da Brigada de Doadores de Guarapari, é um doador regular. Fotos: divulgação

Criada em junho de 2015 e estendida para todo o país, a campanha Junho Vermelho tem como objetivo incentivar o espírito de solidariedade quanto à doação de sangue, além de conscientizar as pessoas sobre o que é e a importância. Doar sangue é uma atitude que salva vidas.

O mês de junho foi escolhido por ser considerado um dos períodos de escassez nos estoques de sangue, consequência de uma diminuição no número de doadores. E, diante da pandemia pela Covid-19, a queda nas doações agravou a situação nos hemocentros de todo país. Estima-se que existam, no Brasil, 16 pessoas doadoras de sangue a cada mil habitantes; um percentual que corresponde a 1,6% da população, quando o ideal seria de 3% a 5%, segundo o Ministério da Saúde.

Entretanto, grupos, entidades e instituições trabalham para promover e incentivar a doação de sangue, contribuindo para suprir as necessidades, especialmente das doações que visam abastecer os estoques e não são direcionadas a um paciente específico.

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Brigada de Doadores de Guarapari em ação no Hemoes.

Um desses exemplos de solidariedade e empatia é a Brigada de Doadores de Guarapari, que mesmo diante das dificuldades provocadas pela pandemia, continuam ajudando como podem. “Antes da pandemia, conseguíamos quatro viagens por semana para doações de sangue, mas agora, complicado conseguir arrumar dez pessoas durante o fim de semana; ninguém que ir doar sangue com essa pandemia; as famílias estão pedindo doações, fazemos um apelo. Esse mês tá difícil, a doação de sangue caiu bastante”, explicou Eduardo Moreira, presidente da entidade.

Motoclube Adventista em dia de reunir voluntários para doação.

Já o Motoclube Adventista – Regional Guarapari promove ações de doação de sangue a cada três meses, quando reúne cerca de 60 pessoas; entretanto, na viagem mais recente realizada no início deste ano, conseguiram levar cem pessoas, seguindo protocolos e com todos os cuidados. Para o vice-diretor do motoclube Sidnei Trancoso, a iniciativa é considerada mínima diante das necessidades das pessoas.  “Nós fazemos o agendamento e levamos todos os voluntários para Vitória de forma gratuita. Durante a pandemia, estamos tendo muito cuidado; pessoas de máscara, álcool em gel, supervisores dentro do ônibus. Além da doação de sangue, realizamos projetos nas comunidades”.

Advocacia reunida para um dia de solidariedade: doação de sangue.

A 4ª Subseção da OAB-ES (Guarapari, Anchieta e Alfredo Chaves), através da OAB Jovem, também batalha nessa causa; de acordo com a presidente da Comissão da Jovem Advocacia Kymbille Larissa Lopes Siqueira, uma campanha realizada em abril deste ano, que contou com apoio da Caixa De Assistência dos Advogados do Espírito Santo – CAAES, buscou sensibilizar e atingir um número maior de voluntários tendo como objetivo estimular a atitude, principalmente neste momento de enfrentamento ao novo Coronavírus, e consequentemente fazer com que a sociedade abraçasse a campanha e se tornasse doador regular, e que consistiu na divulgação de informações sobre os locais de doação, quem poderia doar e os cuidados após a doação de sangue. “Foi viabilizado transporte e, na oportunidade, foram dez doadores. E esse será sempre nosso intuito, facilitar ao máximo a realização das doações, fazendo com que a ajuda chegue a quem realmente precisa dela. Inclusive, estudamos  a possibilidade de campanhas como esta se tornarem uma ação fixa do projeto OAB Jovem Social; com a realização regular durante todo o ano”, completou.

*texto: Alice Mourão

Hemoes

Av. Marechal Campos, 1.468 – Maruípe |Vitória

(ao lado do Hospital das Clínicas)

(27) 3636-7920

Quem pode doar

Antes de efetivamente doar sangue, os voluntários passam por uma triagem para avaliar a condição de saúde e verificar se estão aptos a realizar a doação. Quem tem entre 16 e 69 anos pode se candidatar como voluntário. Para os mais velhos, uma ressalva: só pode doar quem tiver feito a primeira doação até os 60 anos. Já os menores de 18 anos precisam de autorização de um responsável legal.

Os interessados em doar sangue devem ir até uma unidade do Hemoes, apresentar um documento oficial com foto e responder a um questionário. Caso tenham almoçado, devem aguardar três horas após a refeição para fazer a doação.

Doações de sangue na pandemia

Durante o período de enfrentamento ao novo Coronavírus, os atendimentos em todas as unidades estão acontecendo, preferencialmente, por meio de agendamento. A medida visa a reduzir a circulação de pessoas nos locais para evitar aglomerações e reduzir a possibilidade de transmissão do vírus. As pessoas que tiveram diagnóstico positivo para a Covid-19 podem realizar a doação após 30 dias, sem apresentar sintomas. Já as pessoas que estiverem com sintomas gripais não devem comparecer para doação.

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