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O luto e as formas de enfrentamento

por Larissa Castro

Publicado em 31 de agosto de 2020 às 10:00 / Atualizado em 31 de agosto de 2020 às 10:06

A cada perda de um ente querido, uma nova fase de luto. Sabemos que a morte é o destino de todos que possuem vida, mas nunca estamos preparados para esta notícia. Assim como o sentimento durante a trajetória é variável, o luto também não é enfrentado de forma igual por todos.

A psicóloga Paula Maria Tonon, atua com a Terapia Cognitiva Comportamental, e explica que cada reação é singular, mas ninguém está livre desta fase, após o falecimento de uma pessoa próxima. “Cada indivíduo reage ao luto de forma distinta, variando de acordo com a estrutura emocional, as vivências e a capacidade para lidar com perdas. O próprio contexto de perda também influencia a forma como a pessoa vai encarar o luto”.

Psicóloga Paula Maria Tonon. Foto: Arquivo pessoal.

Paula completa que existem dois tipos de enfrentamento do luto. Essa reação, só é descoberta quando a pessoa vive a perda. “Existem duas classificações do luto: o normal, em que as reações são conhecidas por serem intensas imediatamente após a perda, e diminuírem ao longo do tempo; e também acontece de as pessoas não se encontrarem prontas para lidar com a finitude da vida humana, e a falta de aceitação do rompimento desse vínculo afetivo pode passar de um luto normal para um luto patológico, quando a pessoa perde algumas funcionalidades sociais e cognitivas”, esclarece.

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Para amenizar o sentimento prolongado, a psicologia trabalha com métodos direcionados ao paciente. “Geralmente a psicologia trabalha com fases ou estágios do luto. Para a efetivação do luto, Elizabeth Kübler-Ross, referência no assunto, propôs cinco estágios: a negação e o isolamento, a raiva, a barganha, a depressão e a aceitação”, exemplifica a psicóloga.

No momento de dor, Paula explica que ter alguém por perto pode ser confortante, mesmo que instantaneamente. “Muitas vezes palavras de conforto são mal colocadas. Familiares e amigos podem ajudar com a presença solidária durante o tempo da dor e angústia do enlutado. Bem como podem oferecer-se para ajudar na manutenção da rotina doméstica. Um ombro amigo, compreensivo e mesmo silencioso expressará grande apoio quando as palavras não são suficientes. É importante dar para as pessoas tempo suficiente para se lamentarem, não apressem o ritmo do enlutado, não ignore sua dor, apenas seja um ombro amigo e presente”, conclui.

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