Obesidade pet: crescente e fatal realidade!

Sim! A obesidade em animais também pode matar. Em 15 anos de atuação em clínica geral de pequenos animais, pudemos observar o problema crescente da obesidade entre nossos pacientes. A falta de informação, somada à questão cultural e psicológica humana, são pontos chave no motivo de insucesso na maioria dos tratamentos de obesidade. Para início de conversa, precisamos entender que, mesmo sendo da família e convivendo dentro de casa, pets não são humanos, são animais e devem se alimentar como tal.

Nossos pets não foram evoluídos para comer o tempo todo, muito menos aquele pãozinho do café da manhã. Eles não lidam bem com grandes variações de insulina e glicemia.

“Mas Dr, meu cão fica ao meu lado pedindo comida sempre que faço minhas refeições. O que fazer?”. Vamos entender que nossos pets são animais muito inteligentes. Eles identificam perfeitamente se você, tutor, vai ceder às carinhas de vítima e sabem exatamente como vai fazer para te “ganhar no papo”.

A situação piora quando esse costume em fornecer petiscos se torna uma rotina. Quando isso acontece fica muito mais difícil e sofrido reverter esse hábito. Nossos pets não têm responsabilidade pelas escolhas, dependem de nosso bom senso para isso. Sempre brincamos com os tutores que o “pet não abre a geladeira”, para destacar o fato de que, se eles estão acima do peso, a culpa é nossa! Porém, quem sofre as consequências são eles: diversas doenças, saúde frágil, baixa qualidade de vida e vida curta, são alguns dos problemas decorrentes da obesidade.

Nos próximos editoriais traremos mais casos e doenças relacionados a esse problema. Por hora, nosso objetivo é despertar todos os tutores a encararem essa questão como um PROBLEMA DE SAÚDE ANIMAL, que precisa ser reconhecido e tratado com ajuda profissional.

Se desconfiar que seu pet é um caso, procure ajuda veterinária!