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Pets em apartamentos: o mais importante é o bom senso
por Carolina Brasil
Publicado em 21 de novembro de 2024 às 11:48 / Atualizado em 21 de novembro de 2024 às 14:36
De acordo com dados do Instituto Pet Brasil e da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil possui aproximadamente 160 milhões de animais de estimação; sendo um número crescente na última década. Paralelo a isso, vemos a verticalização da moradia, com mais pessoas residindo em condomínios.
Diante desse cenário, é possível projetar que boa parte dessa população de pets reside em apartamentos; com isso, vale destacar que os condomínios residenciais não podem proibir de forma genérica a criação e a guarda de animais de estimação nos apartamentos, como explica Ricardo Jorge, proprietário da RLocasso Administração e Venda de Imóveis. “Entendemos que não se pode proibir animais de estimação no condomínio, mas salientamos que deve haver regras claras de boa conveniência, isso diminui os problemas e as reclamações entre os moradores”, reforça.
“Entendemos que não se pode proibir animais de estimação no condomínio, mas salientamos que deve haver regras claras de boa conveniência, isso diminui os problemas e as reclamações entre os moradores”
- Ricardo Jorge, RLocasso Administração e Venda de Imóveis
RLocasso:
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Para o administrador e síndico profissional Alberdan Henrique Silva Pereira, as regras e o respeito a elas fazem tudo ficar mais simples para tutores, animais e demais moradores. No condomínio que ele administra e também reside é dever do tutor transitar com o pet na guia, manter a higiene e a vacinação em dia, e controlar o barulho dos animais especialmente à noite. “Uma coisa que ajuda muito é apresentar o pet aos moradores, e também é fundamental relatar todos os ocorridos nos canais de comunicação do condomínio, de modo a solucionar as situações assim que elas acontecem”. Alberdan, que também é tutor do Téo, um cão da raça Maltês, acrescenta que mesmo morando em apartamento a rotina dele é bem tranquila. “Antes de adotar o Téo, pesquisei a raça que mais se adequava ao meu estilo de vida; e, mesmo com uma rotina puxada, tenho como regra dois passeios diários que são essenciais para ele gastar energia e fazer as necessidades”.
“Antes de adotar o Téo, pesquisei a raça que mais se adequava ao meu estilo de vida; e, mesmo com uma rotina puxada, tenho como regra dois passeios diários que são essenciais para ele gastar energia e fazer as necessidades”
- Alberdan Henrique Silva Pereira, administrador e síndico profissional; tutor do Téo
Entre a população pet brasileira, os cães são maioria chegando a pouco mais de 62 milhões de animais. Desses, dois da raça Shih Tzu, Billy e Cherie, estão sob a guarda da Delegada de Polícia Francini Moreschi que acredita que o respeito e o bom senso ditam a boa convivência entre os condôminos. “Basta saber, seguir e respeitar o direito dos demais moradores e as regras como transitar com coleira e não deixar se aproximarem de pessoas que têm medo ou não simpatizam. Digo sempre que o cãozinho deve ser amado e bem cuidado. Um animal que late muito, por exemplo, pode estar querendo chamar atenção por algum motivo, então é preciso identificar o problema”.
Segundo Francini, Billy está na família há cerca de sete anos e Cherie chegou há pouco mais de um ano, mas ambos se adaptaram muito bem em apartamento, pois são cães domésticos e de pequeno porte. “Eles tomam banho uma vez por semana e passeamos nas imediações do meu prédio, os dois até sabem quando está chegando o horário de passear. Eles alegram minha casa e minha família; ter um pet é ter a certeza de que você nunca ficará sozinho”, afirma.
“(…) Digo sempre que o cãozinho deve ser amado e bem cuidado. Um animal que late muito, por exemplo, pode estar querendo chamar atenção por algum motivo, então é preciso identificar o problema”
- Francini Moreschi, Delegada de Polícia e tutora do Billy e da Cherie
Outro morador de apartamento é a Jujuba, uma caramelo da aposentada Rosangela Padilha, que passeia pelo menos três vezes por dia para fazer as necessidades e interagir. Com regras claras no condomínio onde mora, Rosangela defende que a boa convivência é mantida com a educação do tutor e a forma de criação do animal. “O animal deve estar sempre na coleira. Penso que ter um pet não é para todo mundo, quem faz essa escolha deve saber integrá-lo à família. Tem gente que, quando sai de casa, tranca o animal em um cômodo e ele fica chorando o dia todo. Isso, além de ser crueldade, incomoda os vizinhos, especialmente por ouvir o sofrimento do animal”.
“O animal deve estar sempre na coleira. Penso que ter um pet não é para todo mundo, quem faz essa escolha deve saber integrá-lo à família (…)”
- Rosangela Padilha, aposentada e tutora da Jujuba
Entre as exigências permitidas ao condomínio fazer estão o da carteira de vacinação dos animais, o uso de focinheiras e guias com enforcador em animais ferozes, e a circulação apenas acompanhados. Porém, além das obrigações, condomínios e, principalmente, construtoras estão atentos a esse contexto familiar com pets e criando espaços próprios para os animais de estimação. “Esses locais dentro do condomínio funcionam como zonas de descompressão para que o tutor possa levar o animalzinho no horário mais conveniente e com toda a segurança. O mobiliário deve ser resistente e lúdico, com cores chamativas para propiciar estímulos ao pet e contribuírem na composição do espaço; outro ponto muito importante é que tenha bebedouro disponível para os animais”, descreve a arquiteta Thalita Bozi
“Esses locais dentro do condomínio funcionam como zonas de descompressão para que o tutor possa levar o animalzinho no horário mais conveniente e com toda a segurança (…)”
- Thalita Bozi, arquiteta
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