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Entrevista
Tatiana Perim, vice-prefeita eleita por Guarapari
Em mais uma militância, a empresária se prepara para trabalhar por todos os munícipes, especialmente aqueles que mais precisam
Publicado em 21 de dezembro de 2024 às 09:00
Atualizado em 21 de dezembro de 2024 às 09:01
por Carolina Brasil
Declaradamente uma apaixonada por Guarapari, a empreendedora, empresária, militante do turismo, do comércio e das causas sociais, casada, mães de três filhos, síndica, e que ainda aceitou o desafio da política, Tatiana Cozer Pinto Perim (48) recebeu a Sou para um bate-papo sincero e descontraído; uma oportunidade de contar a própria trajetória e compartilhar de todo sentimento que envolveu a aceitação dela como candidata a vice-prefeita até a vitória das urnas nas Eleições 2024. Assim como os demais políticos eleitos, Tatiana Perim assume o cargo em 1º de janeiro de 2025 e já se prepara para reforçar a luta dentro da pasta da Assistência Social do município e muito mais. Confira!
Revista Sou: Tatiana, sua formação diz muito sobre a sua trajetória de trabalho, conta um pouco desse caminho?
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Tatiana Perim: Bom, eu sou formada em Turismo, tenho uma pós-graduação em Projetos Sociais e também fiz faculdade de Gastronomia. Eu sempre fui muito dinâmica, trabalho desde muito nova, tanto fora quanto com meus pais que tinham comércio, e sempre fui uma apaixonada por Guarapari; não me via nem estudando fora e fiz a faculdade de Turismo aqui na cidade mesmo. Usei todo aprendizado dessa formação buscando incentivar a área do comércio; também dei aulas de História e Geografia. Depois, recebi o convite de atuar com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), na primeira gestão do ex-prefeito Antonico Gottardo (2001-2024) e decidi cursar uma pós-graduação na área de Projetos Sociais. Em toda área em que eu militei na minha vida, eu busquei me especializar, me entregar. Porque não é só dedicar a sua força de trabalho, mas também o seu conhecimento de forma ampla e completa; me orgulho de ter dado sangue e suor pelo Turismo e pela Assistência.
SOU: Então você milita na área social há bastante tempo?
TP: Sim! Muitas pessoas acham que eu comecei a militar na área social por conta do nascimento do Davi (19)*, meu filho que tem Síndrome de Down, mas foi antes dele, até mesmo antes de trabalhar na Assistência Social. Atuei, participei e fui vice-presidente e presidente da ONG Crescer com Viver e da Apae de Guarapari; sigo inserida no que eu puder ajudar. Sem falsa modéstia, eu sempre tive um olhar diferenciado pelo outro, e quando você tem isso, os problemas te incomodam e você quer soluções para eles.
*Tatiana também é mãe da Laura (17) e da Helena (9)
SOU: Mas aí veio a Gastronomia, de que forma isso aconteceu?
TP: Eu cozinho desde muito cedo, estava sempre fazendo cursos de culinária, vendia queijo, linguiça, fazia congelados, encomendas, já queimei muito bolo nesta vida (risos) e tinha muita vontade de ter meu negócio próprio. Foi aí que eu fundei a Sabores, em 2008. Eu queria um diferencial, então me voltei para o ramo de alimentação saudável com kit merenda escolar; depois migrei para área de buffet para eventos, e senti, mais uma vez, a necessidade de me especializar. Fiz Gastronomia, que me deu mais técnicas e a validação com o título de Chef de Cozinha.
SOU: Agora, a política. Como foi o convite, o aceite e o trabalho na campanha?
TP: Quando o cenário político estava se formando e eu nem imaginava que estaria como vice, eu já entendia que Rodrigo Borges era o nome ideal para Guarapari. Estava pronta para declarar a minha escolha por ele e, inicialmente, o convite dele foi pelo meu apoio que eu prontamente aceitei. Eu tinha sido convidada outras vezes e negado, mas com o Rodrigo, eu não pude negar. Aceitei porque, entendi que era a oportunidade real de fazer tudo que eu sonhei, tudo que eu almejei para Guarapari, pois eu continuo uma apaixonada por esta cidade. Para se ter uma ideia, a minha filiação ao partido aconteceu poucas horas antes do fim do prazo, ou seja, foi Deus em nossos caminhos. Mesmo sendo de religiões diferentes, eu, católica, e ele, evangélico, somos muito confiantes nas coisas que Ele nos apresenta. Assim, contra tudo e contra todos, ele me escolheu e batalhou por mim como vice dele.
SOU: O que ficou após toda caminhada política até a vitória nas urnas?
TP: O mais importante foi como essa caminhada me validou como pessoa. Eu nunca duvidei da minha capacidade, dos meus méritos enquanto cidadã e em tudo que fiz e sou. Mas nessa campanha, isso ficou latente em como as pessoas me reconheciam pela minha história, e chegando a dizer para nós “olha, estava na dúvida, mas com Tatiana como sua vice, é em vocês que vou votar; e nesses momentos, Rodrigo respondia: sim, eu a escolhi também”. E é essa validação que jamais vou admitir perder.
SOU: E como será a partir de 1º de janeiro de 2025?
TP: A história de que o vice não trabalha não é para mim. Eu me coloquei a disposição, vou me empenhar e já aceitei o convite para assumir a pasta da Assistência Social. Para mim, a Assistência Social é a pasta mãe, e junto com a Educação e a Saúde, forma o elo de trabalho da Prefeitura para as pessoas. Eu não tenho medo de trabalho e já estou estruturando a minha vida pessoal e profissional para assumir essa responsabilidade. Peço a Deus sabedoria para que possamos conduzir com empenho, amor, humanidade e respeito. Temos percebido que as pessoas nos olham com desejo de mudança e a mudança vai acontecer. Nossa gestão será a da esperança e do trabalho em conjunto. Porque se estivermos juntos e toda população acreditando, as coisas serão melhores.
SOU: Como vice-prefeita eleita, você vê a participação das mulheres na política?
TP: A política é um mundo muito masculino e é triste ver mulheres inseridas apenas para cumprir as cotas. Por isso, me filiei ao Instituto Mulheres no Poder (IMP) para dar voz e força ao núcleo municipal de Guarapari, para motivar as mulheres aguerridas, que querem fazer a diferença na política, que provem que política é lugar de mulher sim! Quando uma mulher entende que ela tem diversas habilidades únicas, que pode fazer muito pela sociedade, e que quando ela se insere de forma firme e legítima, não há quem a tire desse lugar.